📲 Tempo Livre de Ecrãs – Entre o Digital e o Real, o Desafio do Equilíbrio
- Cátia Castro

- há 4 dias
- 2 min de leitura

Coluna de Psicologia | Revista Equitação Magazine
Nesta edição da Revista Equitação Magazine, proponho uma reflexão sobre um tema cada vez mais presente nas conversas entre pais, educadores e profissionais: o impacto do uso de telemóveis nas crianças e jovens, tanto no contexto escolar como nos momentos de lazer.
Parto de dados recentes da UNESCO, que em 2024 indicava que cerca de 40% dos sistemas educativos no mundo já implementaram restrições ao uso de smartphones nas escolas.Portugal integrou recentemente este movimento, proibindo o uso de telemóveis no 1.º e 2.º ciclo do ensino básico.
Os resultados são promissores dentro da escola — melhorias na atenção, no comportamento e na convivência social— mas menos claros fora dela, onde a tecnologia continua a ocupar o tempo livre e a modelar a vida emocional dos mais novos.
Mais do que proibir, é preciso educar
As proibições podem criar pausas necessárias, mas a verdadeira aprendizagem nasce do diálogo e da consciência. Educar para o uso responsável da tecnologia significa ensinar a escolher, a gerir o tempo e a emoção, e a compreender quando e porquê desligar.
A literacia digital, como qualquer outra competência humana, precisa de treino, consistência e exemplo.
A metáfora equestre do equilíbrio
A equitação oferece, neste sentido, uma metáfora viva e inspiradora. Montar um cavalo é um exercício de presença, regulação emocional e confiança mútua.
Requer foco, atenção e escuta — qualidades que também nos protegem da dispersão constante do mundo digital.
Tal como no treino equestre, o equilíbrio não se impõe, constrói-se. E, para o manter, é preciso definir limites claros e espaços de liberdade consciente.
Reencontrar o tempo e a relação
Criar tempos e lugares livres de ecrãs — seja na escola, em casa ou em contextos desportivos como o picadeiro — é um gesto simples, mas profundamente restaurador.
É um convite ao reencontro com o corpo, com a relação e com o momento presente. Nos intervalos sem ecrãs, emergem o olhar, a conversa e o silêncio fértil de onde nasce a atenção.
Mais do que desligar, trata-se de voltar a ligar — a si, aos outros e ao mundo real.Porque a verdadeira liberdade não está na conexão permanente, mas na capacidade de escolher quando estar presente.
📖 O artigo completo pode ser lido na Revista Equitação Magazine – impressa e online.






